segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Debate do PED em São Luís


Dia 30 (sexta-feira), no sindicato dos bancários houve o debate do PED, com representantes das chapas concorrentes. Era de se esperar mais, com certeza. Além de um pouco esvaziado, o debate se diluiu no grande tema, eleito pelos representantes dos principais agrupamentos no Estado: José Sarney.
De fato, esse debate (não que não seja importante), é muito útil para os que nada têm a dizer. Fortalece o espírito de grupo e reafirma a necessidade de dividir. Mais do que nivela por baixo, ele monopoliza o debate. Nem as lideranças nacionais que para aqui vieram escaparam da sua força em mobilizar atenções. Em torno desse discurso quebram lanças dois campos hoje muito distintos no cenário local: os pró-Sarney e os anti-Sarney. Os pró-Sarney não aceitam a pecha e argumentam a necessidade de fortalecer o projeto nacional do PT. Têm um secretário no governo Roseana e um Deputado Federal suplente que assumiu pela bênção do Sarney. Os anti-Sarney reivincam uma história de coerência de combate às mazelas do coronelismo, alguns até pagando o preço da subordinação ao projeto político local e nacional do PSDB. Os argumentos desferidos de um lado e outro giram em torno de um mesmo eixo. Uma espécie de funil, onde a militância já sabe o que cada um pensa (e o que pode produzir a partir disso), daí a falta de empolgação de todos que assistiam o debate. Sobre as questões que nos fazem convergir ao ponto de estarmos no mesmo partido, ninguém toca. Sobre a necessidade de fazer do PT um partido com um projeto de poder objetivo e viável para o Estado, ninguém toca. Afinal, o que interessa mesmo é a agonia do fraticídio, lento e doloroso. Para onde vamos?

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